Sábado cerca de 200 professores portugueses e suas famílias
abandonam Timor-Leste. O avião em causa já obteve autorizações de aterragem de
diversos países.
- J.T. Matebian, em
Timor-Leste / Jornal Tornado - Texto en portugués
Cerca de 200 professores portugueses e suas
famílias abandonam Timor-Leste. O avião em causa já obteve autorizações de
aterragem de diversos países, apenas para efeitos de reabastecimento de
combustível, e os passageiros não poderão sair da aeronave. Em Lisboa, nos
termos da lei de excepção, ficarão de quarentena.
Após confirmação
do primeiro caso de COVID-19 em Timor-Leste que provocou a instauração
do estado
de emergência no território professores da Escola Portuguesa de Díli,
aproximadamente 40, e quase todos os docentes dos Centros de Aprendizagem e
Formação Escolar (CAFE) abandonam Timor-Leste.
Ao que o Jornal Tornado apurou,
cada docente pagou do seu bolso 1.300 € para aquisição do bilhete de passagem.
Os docentes dos CAFE distribuídos
pelos 13 Municípios e Região Administrativa Especial (Oé-cussi) de Timor-Leste
estão desde a manhã do dia 3 de Abril em Díli, onde passarão a noite. Na manhã
do dia seguinte estarão no Aeroporto Internacional Presidente Nicolau Lobato de
Díli para viajar rumo a Lisboa.
Diplomatas, forças militares e alguns civis permanecem no
território
Portugal dá uma no cravo, outra na
ferradura. Por um lado, cerca de uma centena de militares do exército, marinha
e força aérea portuguesa, mais elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP)
e Guarda Nacional Republicana (GNR), diplomatas da Embaixada de Portugal, a
Direcção e 26 professores da Escola Portuguesa, bem como os coordenadores dos
CAFE e alguns professores (poucos) dos diversos Municípios permanecem em
Timor-Leste.
Por outro lado, o Estado português
obrigou os professores a pagarem 1300 € pelo preço de cada bilhete de passagem,
esvaziando a ansiedade que atormentou muitos dos portugueses, receosos das
fracas condições sanitárias de Timor-Leste para fazer face à pandemia.