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26 julio, 2019

300 angolanos por ano nas melhores universidades do mundo


No âmbito da Estratégia Nacional de Formação de Quadros (2020) Angola estabeleceu um programa de capacitação de quadros do Ensino Superior e desenvolvimento científico e tecnológico.

Tomado de Jornal Tornado / Texto en portugués

O nosso Jornal tem referido em diversas edições que Angola está a apostar na expansão da qualidade do Ensino Superior, nomeadamente na formação de quadros com melhores competências em todos os domínios considerados estratégicos para o país. Neste sentido é de louvar mais uma iniciativa oficial deste país lusófono sobre esta matéria, na medida em que adoptou como objectivo geral anual colocar 300 licenciados em programas de mestrado e de doutoramento nas melhores universidades do mundo.
Esta ideia está patente em Decreto-Presidencial, já promulgado, onde fica estabelecido que a coordenação do programa fica sob a alçada do Ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, competindo a sua execução ao Minsitério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovaçao.
Com este programa, refere o Decreto Presidencial,  Angola pretende “garantir uma formação pós-graduada de elevado padrão, de licenciados angolanos com elevado desempenho e mérito académico, nas melhores universidades do mundo, para responder às necessidades do desenvolvimento da economia nacional” e de fazer com que o país tenha “profissionais altamente qualificados, ao nível de pós-graduação, nos domínios correspondentes aos mega-clusters prioritários para o desenvolvimento da economia nacional”.
Identificação das Instituições de Ensino Superior estrangeiras

Segundo informações obtidas pelo Jornal Tornado, o processo de selecção das melhores Instituições de Ensino Superior estrangeiras ficará sob responsabilidade das embaixadas de Angola, na Africa do Sul, Argentina, Austrália, Alemanha, Bélgica, Brasil, Canada, Chile, China, Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, EUA, França, Holanda, Itália, Japão, Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido, Roménia, Rússia, Singapura, Suíça e Ucrânia.
Os domínios estratégicos para 2019 consideram bolsas de estudo para cursos de Engenharias, Tecnologias e Ciências Agrárias, Ciências Médicas e da Saúde e para Ciências Sociais e Humanidades, sendo 60 para cursos de especialidades, 150 para cursos de mestrado e 90 bolsas de estudo para programas de doutoramento.
Critérios de selecção muito rigorosos e transparentes
Os critérios de selecção são baseados no princípio do mérito, de acordo com o Decreto Presidencial, “traduzido no desempenho académico elevado e em competência cognitiva e social reconhecidos, independentemente do nível socioeconómico do canditado”.
Soubemos também que haverá um Júri Nacional de Selecção com “perfil idóneo e manifesta competência científica” nomeado por Despacho do responsável pela pasta do Ministério do Ensino Superior.
As fases do processo de selecção englobam a «candidatura», a «análise documental», os «testes de conhecimento», a «entrevista centrada nas competências», a «entrevista final», os «exames médicos» e a última fase a «selecção pela Instituição de Ensino Superior Estrangeira».
Financiamento
De acordo com o mesmo Decreto, o programa de execução anual suportará os custos com o subsídio de bolsa, propinas, passagens aéreas de e para Angola e subsídios para a investigação e participação em eventos científicos.
A estimativa para cinco anos aponta para AKZ 10 930 555 382,50 (dez mil milhões, novecentos e trinta milhões, quinhentos e cinquenta e cinco mil, trezentos e oitenta e dois Kwanzas e cinquenta cêntimos), cujo montante será somado anualmente de duzentos mil dólares norte-americanos para a investigação científica, perfazendo para os cinco anos, o total de um milhão de dólares norte-americanos.