Fuente: 247.com – Brasil / Texto en portugués
Em Curitiba,
acompanhado por deputados e senadores da bancada petista, o deputado federal
Paulo Pimenta (PT-RS) acusou o juiz Sérgio Moro de ter tirado férias para
garantir que os processos contra o ex-presidente Lula fiquem com a juíza
substituta Gabriela Hardt.
Essa estratégia, segundo o parlamentar, é irregular porque o
juiz titular deveria se “afastar para que houvesse concurso interno entre todos
os magistrados da área do TRF4 para responder pelo processo. Mas não. Ele criou
uma gambiarra jurídica ao entrar em férias para ter controle, o que é mais um
crime”.
Paulo Pimenta revela ainda que há uma previsão no Estatuto
dos Servidores Públicos que determina que nenhum servidor pode pedir exoneração
ou aposentadoria enquanto tiver pendência administrativa ou funcional. E “O
juiz tem uma série denúncias sendo investigadas pelo CNJ – Conselho Nacional de
Justiça. Portanto, ele não pode se exonerar enquanto não houver decisão”
Depoimento de Lula
O deputado federal gaúcho também disse que o depoimento que o
ex-presidente Lula irá conceder a juíza substituta Gabriela Hardt, no caso do
sítio de Atibaia, é mais uma violência contra o estado democrático de direito.
“Não há depoimento, fato, elementos que vinculem a investigação sobre
irregularidades da Petrobras e a denúncia sobre o sítio. Afronta o princípio do
juiz natural. O Sérgio Moro encontra-se sobre irregularidades porque inexiste
juiz em férias fazendo política”.
Paulo Pimenta lamentou ainda o silêncio da procuradoria-geral
da República sobre as férias do Moro e a sua atuação como futuro ministro da
Justiça.
Espetacularização
Também na capital paranaense, o deputado federal Wadih Damous
(PT-RJ), que também é advogado do ex-presidente Lula, considerou sem
necessidade deslocar o ex-presidente para prestar depoimento na Vara, o que
poderia ser feito por teleconferência. “É a espetacularização do processo penal
para desmoralizar o réu. Mas ninguém quebra o Lula, nem o populismo midiático
consegue, nem o juiz que condenou e ministro da Justiça ao mesmo tempo
consegue”.
Ninguém acha sério
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) denunciou que está claro
que o futuro governo e o judiciário tentam destruir Lula. Também disse que não
é “sério Sérgio Moro estar formando a equipe do Ministério da Justiça e não
pedir exoneração para o processo de Lula ficar com a sua substituta”. Ele
suspeita que essa estratégia se dá porque estão “tentando apressar tudo para
julgar Lula até dezembro”.
Lindbergh revelou ainda que, na semana passada, durante o
Fórum de Países Progressistas, na Espanha, os participantes ficaram incrédulos
com a situação política e jurídica do ex-presidente: “Ninguém acredita que o
juiz que condenou Lula e que o impediu de disputar a eleição virou ministro do
presidente eleito. Ninguém acha sério”.